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- dezembro 6, 2024
Gabriela estava fazendo mestrado na França, onde ficaria por dois anos. Já estava lá há seis meses. E eu estava indo visitá-la.
No dia anterior, o nervosismo já me pegou de jeito. Como seria o reencontro? Apesar de nos falarmos todos os dias por mensagem e ligações de vídeo, ao vivo sempre será diferente. Sentir novamente seu toque, sentir seu cheiro, ouvir sua voz, abraçá-la. Também queria ver como era seu mundo. Se antes, o mundo era nosso aqui quando morávamos juntas, agora o mundo lá era só dela. A qual café ia? Qual era sua comfort food quando a saudade apertava ou quando as coisas não estavam tão boas? Quem eram seus amigos? Qual era seu cantinho de paz na casa? Como dormia na cama?
Eram coisas que eu iria descobrir e conhecer nos próximos 25 dias.
Fiz a mala algumas vezes. Bota. Tira. Tira. Bota. Procura. Acha. Tira. Bota.
Eram uma porção de dúvidas, mas uma única certeza: eu não via a hora de abraçá-la.
Fiz minha mala então e deixei pronta no dia anterior. Sem improvisos de última hora. No dia seguinte, fizemos ligação de vídeo à tarde antes que eu fosse para o aeroporto.
O “te amo” no fim da ligação foi seguido de um silêncio e um olhar encharcado que quase vazou de tantas lágrimas. O silêncio do enfim chegou a hora.
Gabi foi dormir. E eu fui ao aeroporto. Ansiosa, parecia que tudo demorava a passar. Entrei no avião e me sentei. Por sorte, havia uma poltrona vazia entre mim e uma mulher de uns 50 anos que se sentou no corredor enquanto eu repousava a cabeça na janela.
Logo serviram a janta e apagaram as luzes. O sono estava tomando conta de mim, mas a ansiedade e a euforia também. Dormia e acordava sem parar. Sentia um calor forte em meus peitos, pescoço e rosto, mas as extremidades das mãos e pés gelados. Tirava o casaco e a coberta para parar de suar. E não demorava para sentir frio e recolocar o casaco e a coberta. Cruzava e descruzava as pernas. Tremia os pés. Deitava com a cabeça na janela. Deitava com a cabeça no apoio de braço erguido da poltrona vazia ao meu lado. Tentei ver um filme, mas em vão. Dormi e acordei várias vezes. Sorte que já tinha visto mais de 10 vezes Como perder um cara em 10 dias.
“Preparar para aterrissagem”, anunciou o piloto no sistema de som do avião.
E de repente todas aquelas pessoas que dormiam se agitaram. Se ajeitaram na cadeira, colocaram a poltrona em posição vertical, recolheram a mesinha. Comissários passavam com pressa recolhendo os últimos resquícios de lixo. Alguns ainda tentavam fazer aqueles últimos minutos das 11 horas de voo passarem mais rápido escolhendo um episódio de série ou um filme que não conseguiriam nem chegar na metade.
Ufa! O avião tocou o solo. Graças a Deus também ninguém aplaudiu a aterrissagem.
Via as pessoas em pé enquanto as portas do avião estavam fechadas e me questionava do porquê disso, por que tanta pressa. E me lembrei que talvez antes estivesse com pressa. Mas depois de 173 dias, eu podia esperar mais alguns segundos sentada tentando controlar a respiração enquanto minha mão suava com o calor do casaco pesado no avião com o ar já desligado.
E então liberaram. Tentei andar com tranquilidade, respirando firme. Mas minhas pernas tremiam. Queria sair correndo, deixar mala pra trás, passar como uma fugitiva pela polícia e cair no colo do meu amor.
Mas fiz tudo certinho.
Quando passei pela imigração, não sei se meu coração estava parado ou batendo rápido demais. Saí na zona de desembarque. Minha visão ficou embaçada. Olhava, mas não conseguia ver rosto nenhum. Andava lentamente como se tivesse chegado a um mundo novo, mas não reconhecia nada.
Inesperadamente, ouvi um grito se aproximando e antes que pudesse me virar, um corpo pulava em cima de mim me abraçando. Não consegui me equilibrar, e caímos as duas no chão do aeroporto como numa cena patética de comédia romântica. Mas isso não nos abalou e incorporamos os personagens.
– Até que enfim!!!!! Que saudade!!! – dizia Gabi me enchendo de beijos.
Consegui então vê-la.
– Que bom te ver – disse a abraçando fortemente enquanto nos deitávamos no chão do aeroporto como se fosse o chão de nossa casa.
Passados os 15 segundos, voltamos à realidade. Nos levantamos enquanto algumas pessoas nos olhavam rindo e muitas outras ignoravam.
– Olha você!! – disse Gabi segurando minhas duas mãos e esticando meus braços – parecendo um boneco de pano com tantos casacos!
Nos abraçamos, e encostei a cabeça em seus ombros. Abraçá-la foi como chegar em casa após dias viajando. E ali eu percebi que meu lugar era no seu abraço.
Saímos então do aeroporto para ir a sua casa. No caminho, Gabi falava excitada tudo que iria me mostrar. E eu só conseguia pensar em como amava essa mulher e como era bom vê-la, ainda mais tão animada. Sentir ali que nada havia mudado.
Chegamos na sua casa. Ela me mostrou os cômodos. Era inverno e estava muito frio.
Depois de ver tudo, queria relaxar e tomar um banho.
Ela me mostrou o banheiro. Nem havia desfeito minha mala e fui me banhar.
Liguei a água bem quente no máximo. A deixava cair sobre meus peitos, pescoço com o alívio de que a espera havia acabado.
Senti então as mãos de Gabi em meus ombros. Não havia percebido sua chegada.
Ela beijou suavemente meu pescoço.
– Eu te amo. É muito bom que esteja aqui – disse.
– Eu te amo muito – respondi.
Ela passou o sabonete carinhosamente pelos meus ombros, braços, costas, bunda. Deixava beijos doces pelo caminho.
Me virei subitamente e segurei Gabi pelo rosto dando um beijo pelo qual eu esperava há dias, meses. Um beijo daqueles que podia sentir nossas almas se tocando, como se fosse engoli-la de uma vez só. Segurava seus cabelos com firmeza com nossos corpos colados e molhados, nossos mamilos duros e excitados se tocavam acendendo ainda mais nosso tesão.
Gabi pegou firme na minha bunda e me deixou nas nuvens. Ou melhor, na ponta dos pés.
Desceu com a boca devorando meu pescoço enquanto suas unhas passavam marcando minhas pernas até chegar no meu sexo. Abri as pernas convidando a sentir todo o meu calor e a minha saudade.
Ela subiu até minha boca e enquanto me beijava intensamente tocou seus dedos na minha buceta. Gemi um suspiro que poderia ter sido um grito de alívio e me derreti por inteiro em suas mãos. Ela me dedou lentamente, como se tentasse redescobrir o caminho. Mas me mostrou que nunca tinha esquecido.
Chupou meus peitos com delicadeza, mas eu segurava e pressionava firme seu rosto contra eles.
Quis descer para me chupar, mas sugeri que fôssemos para a cama.
Rapidamente nos enxugamos. Saímos do banheiro e entramos no quarto que não estava tão quente quanto o banheiro. Vi seu mamilo ficar ainda mais rígido.
Gabi me jogou na cama e sem perder tempo avançou para cima de mim. Me beijou bastante por todo meu corpo até se ajoelhar no chão e abrir bem minhas pernas. Parou um instante em frente à minha buceta e me viu encará-la mordendo os lábios implorando pela sua chupada.
Ela logo atendeu o pedido do meu olhar.
Sua língua tocou minha buceta.
Minha cabeça caiu para trás soltando gemidos de alívio enquanto meu peito pulsava com o meu coração palpitante.
Sentia sua chupada gostosa. Brincava com meus mamilos. Tentava encará-la, queria vê-la com aquela cara de safada me chupando. Mas eu estava fora de mim.
Quando Gabi me penetrou com seus dedos, gozei logo. Um orgasmo que durou. Puxei Gabi pelo cabelo e disse novamente o quanto eu a amava. A coloquei sentada no meu colo e a enchi de carinho e palavras de desejo e tesão.
Nos beijávamos de forma ardente.
Coloquei minha mão entre suas pernas e senti sua buceta toda melada. A joguei de lado na cama. E encaixei nossas bucetas. Mexíamos o quadril em sincronia, como se não houvesse 173 dias de diferença. Nossos olhares diziam mais que nossas bocas. Eu a desejava demais. Sentia sua buceta molhada e quente deslizando na minha igualmente molhada e quente.
Queria matar saudade do seu sabor. E então foi a minha vez de chupá-la. Coloquei meu rosto entre suas pernas e caí de boca. Passei meu rosto, minha boca, minha língua por toda sua buceta. Ouvia seus gemidos. Seus pedidos lambê-la eram música para meus ouvidos.
Me ergui então e me deitei na cama de conchinha com ela. Era uma das posições preferidas dela.
Comecei então a tocá-la. Beijava seu pescoço, suspirava palavras de prazer, que saudade da sua buceta, que saudade do seu toque, como eu queria te sentir molhada assim de novo, é muito bom transar contigo. Ela remexia o pescoço e gemia mansamente pra mim.
Me fode, pedia. Me faz gozar, pedia. Que saudade de ser sua, falava.
Gabi aumentou a intensidade dos seus gemidos até gozar.
Gozou.
E descansou nos meus braços.
Nossos corpos colados, nossa respiração sincronizada.
Enfim, éramos de novo uma só.